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Embora o financiamento para a economia circular tenha registrado um crescimento expressivo nos últimos anos, ainda são necessários muito mais capital e esforços para expandi-la. Visando atrair investimentos nacionais e internacionais para atividades circulares, o Japão publicou a primeira diretriz governamental do mundo sobre divulgação e engajamento focada especificamente na economia circular.
Em janeiro de 2021, com o objetivo de atrair mais investimentos, os Ministérios da Economia, Comércio e Indústria e do Meio Ambiente do Japão publicaram a Diretriz de Divulgação e Engajamento para Acelerar o Financiamento Sustentável para uma Economia Circular.
A diretriz incentiva as empresas a comunicarem aos investidores como podem obter retorno sobre os investimentos por meio de atividades de economia circular e tecnologias inovadoras. Usando as estruturas financeiras existentes, o governo japonês explora formas de incorporar considerações de economia circular nas estratégias de negócios, decisões de investimento e diálogos entre empresas e investidores.
A diretriz chega depois de uma série de movimentações políticas focadas em apoiar a transição para uma economia circular no Japão. Em 2000, o governo criou a Lei Básica para o Estabelecimento de uma Sociedade Sadia de Ciclo de Materiais, um passo significativo do país em sua abordagem de gestão de resíduos. A medida resultou, em 2003, no primeiro Plano Fundamental para o Estabelecimento de uma Sociedade Sadia de Ciclo de Materiais, que estabeleceu as bases para o desenvolvimento de uma estrutura regulatória para a economia circular no Japão. O governo revisa o plano a cada cinco anos, com a quarta edição, publicada em 2018, declarando que instituições financeiras e investidores devem fornecer fundos para empresas, organizações sem fins lucrativos e projetos que trabalham para criar uma “sociedade sadia de ciclo de materiais”.
A nova diretriz é a primeira formulada pelo governo sobre divulgação e engajamento focada especificamente na economia circular.
A diretriz foi desenvolvida pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria (responsável pela política industrial e empresarial) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente (responsável pela gestão de resíduos). O processo de elaboração contou com a troca de informações com a Agência de Serviços Financeiros e a contribuição de um grupo de estudo composto por empresas, associações empresariais, instituições financeiras, instituições de pesquisa e acadêmicos.
Devem comunicar aos investidores, de forma abrangente, seus valores, modelos de negócios, estratégias e governança
Devem consultar a diretriz ao preparar relatórios integrados e relatórios anuais, identificando a economia circular como materialidade corporativa
A diretriz descreve como as empresas podem incorporar a mentalidade da economia circular em suas estratégias, atividades e decisões comerciais para ampliar a escala das inovações e tecnologias circulares e aumentar sua competitividade. Por exemplo, os princípios da economia circular podem ser integrados aos valores corporativos, modelos de negócios e relatórios anuais de uma empresa. Estabelecendo metas de economia circular e alinhando um ciclo de "Planejar-Fazer-Verificar-Agir", as empresas também podem incorporar o pensamento circular na tomada de decisões em todos os níveis, desde o conselho diretor até o nível executivo. A diretriz inclui cinco estudos de caso de empresas japonesas que já estão colocando mudanças como essas em prática.
Devem usar as orientações da diretriz em suas atividades de gestão, a fim de aumentar, em médio a longo prazo, o valor corporativo e o crescimento sustentável das empresas nas quais investem
As estratégias de economia circular podem ajudar a reduzir o risco dos investimentos e impulsionar retornos superiores ajustados ao risco para investidores e instituições financeiras. A diretriz ajuda os investidores a incorporar considerações de economia circular em suas atividades de engajamento e gestão com as empresas nas quais investem. Também incentiva o diálogo, entre organizações de gestão de ativos e proprietários, sobre as oportunidades da economia circular – explorar novas fontes de crescimento no longo prazo, gerar valor e, ao mesmo tempo, cumprir objetivos e metas ASG (ambientais, sociais e de governança).
Japan’s disclosure and engagement guidance is available in: English
A Fundação Ellen MacArthur trabalha para acelerar a transição para uma economia circular. Desenvolvemos e promovemos a ideia da economia circular e trabalhamos em conjunto com empresas, universidades, formuladores de políticas e instituições para mobilizar soluções de sistemas em escala em todo o mundo.
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